quinta-feira, 17 de abril de 2008

Mudanças


Mudanças
por Alexsandra S.S. Machado

A nossa língua portuguesa possui mais de 215 milhões de falantes nativos. Ela é falada oficialmente em Portugal, Brasil, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, além de outros lugares. O português, assim como outros idiomas, evoluiu com o passar do tempo até chegar ao português que temos hoje, o qual é composto de diferentes dialetos e subdialetos, falares e subfalares, sendo a única língua do mundo ocidental com duas ortografias oficiais.
Em 1990, foi assinado, pelos países de língua portuguesa, um projeto que tinha como objetivo unificar a escrita das palavras em português. Essa unificação visava a adoção do idioma português por organismos internacionais e sua universalização. O acordo foi firmado em 1991, aprovado pelo Congresso brasileiro em 1995, mas vinha sendo adiado pois Portugal não o havia ratificado, fato que mudou no início do mês de março deste ano de 2008, quando os ministros do país lusitano anunciaram seu desejo de adesão ao projeto. Algumas mudanças serão efetuadas com a implementação de novas regras, dentre elas estão: o fim do trema, o desuso do hífem, salvo exceções, e do acento diferencial de palavras como para- verbo- e para - preposição, o uso do acento agudo e do circunflexo também sofrerão modificações e além disso, o nosso alfabeto ganhará mais três letras. Entretanto o português lusiatano também sofrerá alterações, uma delas será a perda do "h" inicial de algumas palavras.
Segundo Godofredo de Oliveira Neto, presidente da Comissão para Definição da Política de Ensino-Aprendizagem, Pesquisa e Promoção da Língua portuguesa, a partir de 1º de janeiro de 2011, todas as mudanças deverão ser efetivadas, no entanto, de acordo com artigo divulgado na Folha de São Paulo no dia 23 de março deste ano, uma comissão do MEC, propõe a implantação de reforma já em 2009 e exige que as obras enviadas às escolas públicas estejam adequadas a estas mudanças em 2010.
A nossa língua materna, em menos de 52 anos, sofreu três alterações: uma em 1934, outra em 1971 e agora essa. Será que estamos preparados para mais uma mudança? Ela é realmente necessária? Isso beneficiará aqueles que tiveram que abandonar seus estudos ou prejudicará aqueles que durante anos estudaram essas regras? Haverá mais vantagens ou mais desvantagens? Bem, há ainda muitas questões a serem respondidas, mas que, só com o tempo e a utilização dessas normas teremos bases para obtermos respostas.

terça-feira, 15 de abril de 2008

A VOZ DA LÍNGUA PESQUISA


Por Valter Osvaldo Sant’Ana

A empresa Intelbras tem como meta apresentar aos seus funcionários, o novo método de aprendizagens, no âmbito cultural, num sistema mais avançado. Através do Jornal - Nossa língua - o funcionário constrói a sua linguagem, na prática efetiva de lingüística, antes de qualquer sugestão, metodológicas.
Pondo em questão a tese e argumentos apresentados no jornal “Comunique”, que circula internamente nessa empresa, tanto na variedade quanto na validade do contexto, é possível que a leitura vá desencadear novos conhecimentos, independente de qualquer grau de instrução, existente nessa empresa. Sendo ele verdadeiro, o jornal apresentará incoerência entre o argumento e a tese. Por mas que seja explorado a sua estrutura, e de interesse de poucos, em princípio aceitável – não se segue dos argumentos dados pela comunicação, mas sim pela informação afetiva, a uma transparência, no sentido que ela apresenta sugestões derivadas da linguagem propriamente dita no contesto lingüístico.
Ao exemplo dessa empresa o Comunique apresenta sob metodologia, a leitura da gramática, que é tão importante quantos outros tipos de informações que se manifestam em abordar assuntos mais coerentes de forma mais criativa, dentro de um padrão sistematicamente lingüístico. Para outros tipos de informações o Comunique também leva conhecimentos, segundo a autora Marisa Lajolo (1982ab,p.59), “Ler não é decifrar, como num jogo de adivinhações, o sentido de um texto. É a partir do texto, ser capaz de atribuir-lhe significado conseguir relaciona-lo a todos outros textos significativo para cada um, reconhecer nele o tipo de leitura que seu autor pretendia e, dono da própria vontade , entregar-se esta leitura, ou rebelar-se contra ela, propondo outra não prevista”.
Esta informação do jornal Comunique da Intelbras tem como objetivo direcionar ao seu público interno, a sua compreensão e levar o conhecimento aos seus funcionários. Também qualificá-los no âmbito da qualidade e produtividade da empresa. No intuito de se manifestar perante o leitor, fazendo-o compreender de uma forma ou de outra atingindo o seu público alvo, através da leitura, enfocando a leitura como comunicação no processo de interlocução.
Quanto à prática da leitura segundo alguns autores, “a leitura possibilita o leitor aperfeiçoar o seu conhecimento, tanto na parte lingüística, quanto na parte escrita”.
Na verdade algumas formas são embutidas, no contexto de uma comunicação interna ao público leitores de uma empresa. Que podem também ser de interesse individual ou coletivo, dependendo da maturidade e intimidade, com o enunciado do jornal, explicito, de forma atrair o leitor. Conforme esse artigo, bem colocado no Jornal Comunique, para os funcionários de uma empresa como a “Intelbras e Rede de Assistência Técnica em busca dos 100% de qualidade”.
Convém ressaltar que o problema mais focalizado dessa Empresa foi no sentido de compreensão, entre o locutor e o interlocutor, tentar definir dentro da língua padrão uma forma de se comunicar com mais facilidade entre um funcionário e outro, sem dúvida de errar, quando se refere á algum objeto que está perto da pessoa que fala, ou longe da pessoa que fala. Como o uso do este/esse, conforme método do ensino lingüístico, que foi introduzido na prática da leitura da escola.
Em relação aos aspectos em busca das informações, os funcionários de hoje, encontram dificuldades de produzir no seu campo de trabalho, talvez por falta de leitura, ou até mesmo falta de conhecimentos lingüísticos dependendo do setor trabalhista ou nível de escolaridade. Por esse motivo as empresas se tornam criativas e começam usar a forma mais adequada para se enquadrar num contesto mais abrangente possível, aproximando-se da originalidade metodológica. Todavia pondo em questão tanto a tese defendida quanto a veracidade e a validade dos argumentos apresentados. “No Brasil enquanto um trabalha dois ou três ficam olhando”. É por isso que as empresas continuam insistindo, em informar a língua padrão, para seus funcionários. E da mesma forma que vamos avançando para o desenvolvimento do nosso País. Assim, eles estão contribuído, de maneira mais eficiente, mesmo com a tecnologia da informatização. A informação lingüística educacional vem divulgando artigos de gramáticas, através do jornal das empresas, para o seu público interno. Como por exemplo, o Comunique – Intelbras pode servir de exemplo para outras empresas. Quem sabe até ser a saída para que o País cresça, com qualidade de vida.

Para tanto precisamos nos preparar e aceitar este desafio. Porque a critica no papel não faz mais efeito, temos que mudar é a mentalidade das futuras gerações, no contexto educacional de ensino mais profissionalizante possível para o mercado de trabalho.

INTELBRAS, Comunique – fevereiro/2008.
Edição do dia-a-dia, Jornal Interno mensal, fevereiro/2008, p.2 Nossa Língua.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

FALA MESTRE !

Por REGIANE CRISTINA DA SILVA DOS SANTOS


Letras Informa, um Blog ideal para você que é ligado em LETRAS.

Nele você encontrará informações sobre atualidades, entrevistas, novidades, experiências de estágios, notícias global entre outros. Tudo direcionado ao mundo dos letrados.
Um projeto da professora Sabriny Josten Flores, professora da disciplina, Prática de Ensino V: Informática Educacional, que tem por objetivo sensibilizar os alunos e demais profissionais que atuam em ambientes educacionais a importância da informática para o desenvolvimento das diversas habilidades humanas.
Sendo assim, Sabriny propôs aos seus alunos a criação do Blog e que os mesmos serão responsáveis pelas informações nele contidas.

FALA MESTRE!
ENTREVISTA

1- De onde surgiu a idéia para a criação de um Blog no curso de letras?

SabrinyPor eu trabalhar na UNISUL e saber que os demais cursos possuem um meio de comunicação interna entre si, percebi a falta dessa comunicação no Curso de Letras. Com a criação do Blog, Letras poderá comunicar-se com outras turmas do curso, e também com outros cursos. Além disso, por ser uma disciplina focada na informática, os alunos poderão interagir nela como uma ferramenta de uso didático.


2- Quais são suas perspectivas?

SabrinyEu desejo que todos possam usufruir que realmente haja uma interação entre Letras e os demais cursos, que as pessoas possam expor suas idéias, pensamentos como se fosse um jornal, um espaço cultural que tenha utilidade e funcionalidade.

3- O que você pensa sobre a informática na Educação?

Sabriny
Eu acredito ser um tema polêmico, porém importante para a sociedade pois a globalização cobra dela, mas as escolas não investem na capacitação dos professores e os computadores ficam pegando poeira. Contudo todos precisam ter acesso a esse meio é dever de todo cidadão na parte ética e moral, a Internet e informática. Entretanto o professor nunca deixará de ser professor, o computador nunca ocupará o seu lugar ele é apenas mais uma ferramenta para auxiliá-lo.

4-Você acha que os professores estão preparados para utilizar o computador como ferramenta de trabalho?

Sabriny Faltam cursos de capacitação por parte do governo e também a conscientização dos professores de que o computador pode ser um aliado no processo de aprendizagem. Mas cabe ao professor propor atividades que estimulem o raciocínio e o interesse do aluno, fazer com que esse participe ativamente, e o professor deve ser o mediador, incentivar, observar e avaliar a participação, através de metodologias inovadoras, observando o quanto esta máquina é capaz de realizar tarefas úteis em todas as áreas do currículo escolar.

5 – Como podemos perder o medo da tecnologia?
SabrinyPara perder o medo só há uma alternativa “apenas encará-lo”, ou seja, estar disposto a querer aprender cada dia mais e só utilizando o computador é que isso acontecerá.

QUANDO SEU IVO VAI PARAR DE DAR AULA?




Por KÁTIA BACK


O professor Ivo Zimmermann é formado em Letras pela UFSC, mestrado em lingüística e fez uma especialização em sociolingüística. Leciona há quarenta e dois anos. Aposentou-se na Federal em 1995 e iniciou um trabalho brilhante na Unisul desde esse ano.
Hoje, ele trabalha nos cursos de Letras, Sistemas de Informação e Ciências da Computação. Ministra aulas de Língua Portuguesa, História da Língua Portuguesa e Gramática.
Além disso, ministra também aulas de Latim e quando questionado pela extinção dessa língua ele diz: “O Latim não é uma língua morta, ele sobrevive sempre. Porque dizem que é morto, mas é a língua oficial do Vaticano. Além do mas, Olavo Bilac já disse: “A última flor do lacio inculta e bela...” Isso quer dizer: O latim está vivo em todas as línguas neolatinas, tais como: português, espanhol, francês, italiano, etc.”
Os alunos da quinta fase estão ansiosos pela aula do professor, pois só tiveram o prazer de ouvi-lo em defesas de TCC. Ficando impressionados com a destreza e simplicidade do mediador. Ainda não tiveram a disciplina de latim. Quanto a isso, o professor crítica: “Sobre o ensino do Latim: a língua latina deveria ser ministrada nas primeiras fases do curso, porque é o suporte para o ensino da língua portuguesa e das línguas românicas.”
A coordenadora do curso de Letras Mônica Mano Trindade resume seu Ivo em poucas palavras: “Sabedoria, competência e dedicação.”
Portanto, o único professor de latim da Unisul e um dos poucos do estado não pode parar de dar aula, por isso, ele afirma: “Só vou parar quando Deus ou eu (Ivo) quiser!”